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Os anjos também choram: uma crônica poética de despedida da menina Clara

Quando a luz do sol se foi no poente e a lua chegou, trazendo em sua corte estrelas e astros, os anjos, em suas vestes de cristal, choravam no céu a despedida da menina Clara.
As lágrimas dos anjos caíam como gotas de orvalho, umedecendo a relva, as folhas e beijando o pequeno riacho cristalino, que mansamente cantarolava às suas pequenas pedras — os seixos — que rolavam à sua espera.
Esta prosa poética reflete a profunda tristeza e a delicada beleza da despedida.
A imagem dos anjos chorando ao pôr do sol, e a chegada da lua com sua comitiva de estrelas, cria uma atmosfera celestial e melancólica. As lágrimas angelicais transformam-se em orvalho — um toque suave da natureza que simboliza a transição e a continuidade da vida, mesmo diante da perda.
A menina Clara, cujo nome evoca luz e pureza, parte deixando um rastro de saudade e emoções que ressoam não apenas no coração humano, mas também no reino celestial.
O pequeno riacho, com seus seixos rolando, representa o fluxo contínuo da existência — onde cada momento e cada despedida tornam-se um canto suave e eterno.
Nesta prosa poética, convido você a refletir sobre a fragilidade e a beleza da vida, sobre as despedidas inevitáveis e a forma como cada lágrima se transforma em um novo começo — como o orvalho que nutre a terra e sustenta a vida.
É um lembrete de que, mesmo na tristeza, há beleza e renovação. E que cada instante vivido, mesmo que breve, é parte essencial da nossa jornada.
Rubens Muniz Junior
Rubens de Azevedo Muniz Junior, economista, administrador de empresa, trader aposentado, 82 anos de idade, nascido em Pirajuí, é poeta, cronista, contista, romancista e amante de boa leitura. Viajou e residiu, a trabalho, fora do Brasil.
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