Oito anos de saudade: uma crônica poética discorrendo sobre um amor que nunca partiu

Uma crônica poética sobre lembrança, amor e presença eterna. Mesmo após a despedida, ela continua viva em cada passo, em cada memória.
Oito anos de saudade: uma crônica poética discorrendo sobre um amor que nunca partiu
Foto: Canva

Era um fim de tarde tranquilo, o céu pintado com tons suaves de rosa e lilás, quando o destino resolveu unir nossas vidas.

Lembro-me claramente da timidez que transbordava em teus olhos e do rubor encantador que tomou conta do teu rosto no instante em que segurei tua mão.

Num impulso de ousada emoção, anunciei sem hesitar:
— Vou me casar contigo.

Nunca esquecerei aquele teu sorriso tímido e teu rosto ruborizado, eternizados como o retrato mais belo que guardo comigo.

Os dias que vieram depois foram feitos de caminhadas pela praia, acompanhadas pela melodia constante do mar — testemunha silenciosa da paz que nos envolvia.

Cada passo na areia representava uma promessa, um sonho compartilhado, uma certeza de que havíamos encontrado nosso lar um no outro.

Nosso primeiro lar era simples, mas encantado pelo amor e pela cumplicidade que o preenchiam. E dali partimos em inúmeras viagens pelo mundo, explorando culturas, descobrindo lugares incríveis, vivendo aventuras inesquecíveis — sempre lado a lado.

Você esteve presente em todos os momentos, fossem eles alegres ou difíceis. Era meu porto seguro nas tempestades, a realização dos meus sonhos mais profundos, a verdade da minha vida.

Hoje, passados oito anos desde que partiste, ainda sinto tua presença ao meu lado. Ouço claramente tua voz suave ecoando em minha mente, e vejo tua luz sempre a sorrir para mim.

Guardo cuidadosamente cada lembrança, cada risada espontânea, cada olhar carinhoso. Um amor como o nosso jamais se esquece; é eterno e continua a guiar meus passos.

Você, meu amor, tornou-se infinita em minha vida. O tempo não conseguiu apagar sequer um traço de tua presença, pois, na verdade, nunca me deixaste.

Continuas comigo a cada instante, a cada respiração.

E assim, com você eternamente em meu coração, sigo caminhando até o dia do nosso reencontro.
Pois te levarei sempre comigo, porquanto nunca deixei de te amar.

Rubens Muniz Junior

Rubens de Azevedo Muniz Junior, economista, administrador de empresa, trader aposentado, 82 anos de idade, nascido em Pirajuí, é poeta, cronista, contista, romancista e amante de boa leitura. Viajou e residiu, a trabalho, fora do Brasil.

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