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5 filmes que retratam personagens com transtornos mentais e que mexem com o público
O cinema oferece uma janela para diferentes realidades e filmes que retratam personagens com algum tipo de transtorno mental nos ajudam a entender as complexidades desses desafios. Seja Alzheimer, Parkinson ou outras condições debaixo do guarda-chuva da demência, essas histórias mostram não apenas as lutas pessoais, mas também o impacto que esses transtornos têm sobre as famílias e amigos. Aqui estão cinco filmes que abordam esses temas com sensibilidade e profundidade.
Tempor de Despertar (1990)
Baseado em uma história real. Buscando novos tratamentos para pacientes comatosos ou que levam uma vida vegetativa por quaisquer outras razões, médico (Robin Williams) testa um novo medicamento em alguns internos de um hospital. Lentamente, alguns deles (entre eles, Robert De Niro) reagem ao produto e tentam recuperar suas vidas. Mas a dúvida que incomoda a todos é se os efeitos da droga são temporários.
Garota, Interrompida (1999)
A jovem Susana Kaysen (Winona Ryder), meio contra a vontade, acaba se internando numa clínica para tratamento de distúrbios mentais após tentativa de suicídio. Colocando-se à parte daquela nova realidade, resiste ao tratamento, criando problemas para a enfermeira Val (Whoopi Goldberg) e engrossando o bando de desajustadas lá também internadas. Entre elas, Lisa (Angelina Jolie) é a que mais lhe causa fascínio e, ao mesmo tempo, um certo medo. O relacionamento quase antagônico de ambas pontua os meses em que “Susie Q” esteve internada.
Amnésia (2000)
Mais uma das boas histórias de Christopher Nolan. Investigador de seguros empreende busca por assassino após testemunhar o estupro e a morte de sua esposa. Mas o evento causou-lhe um tipo único de amnésia que zera totalmente suas memórias em questão de poucos minutos. Isso praticamente inviabiliza sua empreitada – afinal de contas, em quem confiar? -, mas usando fotos polaroid, bilhetes e até mesmo tatuagens, ele consegue avançar nas investigações e aproximar-se do culpado. Em DVD, havia a possibilidade de assistir ao filme em duas cronologias diferentes.
Longe Dela (2006)
Dirigido pela atriz Sarah Polley, o filme narra a vida de um casal que tem um sólido relacionamento de 40 anos. A mulher, porém, começa a apresentar os primeiros sintomas do Mal de Alzheimer. Até que, um dia, o marido a encontra vagando pela cidade. Com isso, tomam a dura decisão de que ela deve ir para uma casa de saúde. Pela primeira vez, em 44 anos, separam-se e, o que é pior, a instituição não permite visitas no primeiro mês de internação. Terminado o período, ele vai visitá-la e fica desapontado ao não ser reconhecido. Ao mesmo tempo, a mulher apaixona-se por um paciente que tem a doença em estado avançado, mas que logo deixa o hospital, fazendo-a entrar em depressão. O amor incondicional de seu marido, entretanto, vai interferir, dando-lhe a possibilidade de que seja feliz, ao menos, mais uma vez em sua vida.
Para Sempre Alice (2014)
Neste filme comovente, Julianne Moore interpreta Alice, uma renomada professora diagnosticada com Alzheimer precoce. Ao longo da história, acompanhamos sua luta para manter a dignidade e a identidade enquanto a doença avança rapidamente. Para Sempre Alice é um retrato íntimo e sensível da perda progressiva de memória e habilidades cognitivas, mostrando o impacto devastador sobre a própria Alice e seus familiares. A atuação de Julianne Moore foi amplamente aclamada, e o filme destaca a importância da compreensão e do apoio diante de doenças mentais.
Meu Pai (2020)
Com Anthony Hopkins em uma atuação impressionante, Meu Pai retrata a experiência de um homem idoso com demência. O filme apresenta a condição a partir da perspectiva do personagem, permitindo que o público sinta a confusão e o desespero de viver em um mundo onde a realidade parece escapar. A estrutura narrativa inovadora e a atuação visceral de Hopkins tornam Meu Pai um dos retratos mais impactantes e empáticos sobre demência, levando o público a compreender o que é viver com essa condição.
Esses filmes, ao explorar as complexidades dos transtornos mentais e neurológicos, nos permitem ver além do diagnóstico. Eles revelam a coragem e a vulnerabilidade dos personagens, além de nos lembrar do valor do apoio e da compreensão. Essas histórias reforçam o impacto emocional que essas condições têm na vida de milhões de pessoas ao redor do mundo.
Rogério Victorino
Jornalista especializado em entretenimento. Adora filmes, séries, decora diálogos, faz imitações e curte trilhas sonoras. Se arriscou pelo turismo, estilo de vida e gastronomia.
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