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Ozzy Osbourne: o legado eterno do príncipe das trevas em Not Going Away

Quando soubemos da morte de Ozzy Osbourne (ocorrida ontem, 22/7), o mundo do rock parecia, de alguma forma, perder sua essência. Porém, o que ficou claro após a notícia foi que, apesar de seu corpo ter se ido, Ozzy jamais será apagado da história. Ele não é apenas o Príncipe das Trevas, mas um ícone eterno da música, alguém que definiu uma era e continuou a reinventar a sua própria lenda até o fim.
Falar apenas da sua partida, para mim, ficava muito lugar comum. Sabe essa coisa de ficar postando foto ao lado da celebridade para mostrar sinal de afeto e de auto-relevância? Então, não pensei em nada disso, mas senti que precisava expor algo aqui no Era Sideral. Por isso, decidi apenas compartilhar um pouco do que lembro de Ozzy. Ajudado por alguma pesquisa, claro!
Black Sabbath: a fundação de um império sonoro
O Black Sabbath, banda em que Ozzy Osbourne teve seu maior destaque, não foi apenas o ponto de partida de sua carreira — foi a chave que destrancou uma nova era para o rock mundial. Em 1970, quando o grupo lançou seu álbum homônimo, a música nunca mais foi a mesma. O heavy metal surgia com um poder brutal, imortalizado pela atmosfera sombria e pelas letras que desafiavam os limites da sociedade.
Com Ozzy à frente, o Black Sabbath não só introduziu o metal como um gênero, mas também se tornou sinônimo de rebeldia, de uma era onde o rock não tinha medo de se jogar no abismo. O som sujo, pesado e visceral que eles criaram em discos como Paranoid (1970) e Master of Reality (1971) ecoa até hoje. Ozzy, com sua voz inconfundível, foi o guia dessa jornada sonora, dando aos fãs de rock um novo tipo de liberdade e expressão. E o que dizer dos seus videoclipes, então?
O nascimento de uma lenda solo
Após sua saída do Black Sabbath, Ozzy Osbourne iniciou uma carreira solo que, para muitos, superou até mesmo os maiores feitos com a banda. Em 1980, ele lançou seu primeiro álbum solo, Blizzard of Ozz, e o resto, como dizemos, é história. Com sucessos como Crazy Train e Mr. Crowley, Ozzy trouxe o heavy metal para as massas e se tornou a personificação do rock n’ roll, aquele que desafia as convenções e não teme se expressar de forma visceral.
A carreira solo de Ozzy foi marcada por sua capacidade única de mesclar elementos do metal tradicional com melodias pegajosas e letras que explodiam com uma intensidade emocional que o tornava quase uma figura mítica. A imagem de Ozzy Osbourne, com sua energia insana e suas polêmicas, passou a ser sinônimo de autenticidade — um ícone do comportamento rebelde que se recusava a seguir qualquer padrão.
Ozzy, o imortal
Ao longo dos anos, a trajetória de Ozzy Osbourne foi um reflexo daquilo que ele mais representava: a luta, o caos, mas também a força de reinvenção. De episódio em episódio, da novela de sua vida pessoal até suas constantes voltas aos palcos, Ozzy sempre foi uma figura imortal, transcendente. Quem poderia imaginar que aquele garoto de Birmingham se tornaria um nome que ecoaria por gerações?
Ozzy não era apenas o “Príncipe das Trevas”; ele era, acima de tudo, a personificação do espírito indomável do rock. Ele desafiava as expectativas, virava tudo do avesso e, ao final, deixava um legado de criatividade e ousadia. A morte de Ozzy, com toda sua complexidade e suas dificuldades, só reafirma o quanto ele foi vital para o rock. Em sua essência, ele vai sempre viver em cada riff de guitarra, em cada letra que questiona e em cada grito de liberdade que o rock n’ roll jamais deixará de oferecer.
O impacto no rock mundial
Além de sua obra com o Black Sabbath e sua carreira solo, Ozzy Osbourne influenciou incontáveis gerações de músicos. Sua postura rebelde, suas letras introspectivas e sua energia inigualável abriram portas para a experimentação e evolução do rock, do heavy metal e de outros subgêneros. Ele foi um verdadeiro caminho para aqueles que, como ele, viam na música uma forma de expressão única e imortal.
A morte de Ozzy não é o fim de uma era, mas o fechamento de um capítulo que jamais será esquecido. Seu legado vai muito além de sua música — ele ajudou a moldar a atitude do rock, desafiando o status quo e abraçando os outsiders. Ozzy Osbourne não morreu. Ele apenas deixou o palco físico, mas seu nome será sempre sinônimo de liberdade, irreverência e, claro, de rock n’ roll.
Reality e Hellraiser
Meu contato mais próximo com o som de Ozzy foi com Hellraiser, lançada em 1991 no álbum No More Tears (lembrem que acordei tarde para o gênero!). Este álbum tem vários sons legais. Escrita por Ozzy em parceria com Zakk Wylde e Lemmy Kilmister (do Motorhead, que tem sua própria versão para a canção), a música mistura heavy metal com hard rock, com riffs pesados e uma letra que fala sobre rebeldia e uma vida sem arrependimentos. E foi trilha do filme homônimo, o verdadeiro link dois dois mundos para mim (cinema e música).
Mais tarde fui assistir à The Osbournes, reality show exibido pela MTV entre 2002 e 2005, que ofereceu aos fãs uma visão intimista da vida de Ozzy Osbourne e sua peculiar família. E aí nunca mais o homem saiu das minhas favoritas. Mas, para garantir que Ozzy nunca seja esquecido, fiquem com Not Going Away. Nada brilhante, confesso, mas bem apropriada.
FAQ sobre Ozzy Osbourne
Qual foi a principal banda de Ozzy?
Ozzy Osbourne foi o vocalista do Black Sabbath, uma das bandas mais influentes do heavy metal.
Quais são os seus maiores sucessos?
Alguns de seus maiores sucessos incluem Crazy Train, Mr. Crowley e Iron Man com o Black Sabbath, e Flying High Again e Shot in the Dark em sua carreira solo.
Qual é o seu legado no rock?
Ozzy Osbourne é considerado uma lenda do rock, não só por sua música inovadora, mas por sua atitude rebelde que ajudou a moldar o heavy metal e o rock em geral.
Ozzy Osbourne ainda se apresentava após os anos de carreira?
Sim, ele continuava a se apresentar e a influenciar novas gerações de músicos até seus últimos anos de vida.
Quando Ozzy Osbourne faleceu?
A morte ocorreu em 22/7/25 e marcou o fim de uma era, mas seu legado continuará a inspirar o mundo do rock para sempre.
Rogério Victorino
Jornalista especializado em entretenimento. Adora filmes, séries, decora diálogos, faz imitações e curte trilhas sonoras. Se arriscou pelo turismo, estilo de vida e gastronomia.
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