5 filmes onde criador e criatura vivem dilemas da existência

O tema do confronto entre criador e criatura acompanha a humanidade desde a literatura clássica e continua inspirando produções no cinema e na televisão. Essas histórias revelam não apenas o fascínio pela ciência e pela criação artificial, mas também os dilemas éticos e emocionais que surgem quando a criatura ultrapassa as intenções do criador. Confira cinco obras que exploram essa complexa relação ao longo do tempo.

Frankenstein (1931)

Baseado no romance de Mary Shelley, este clássico do cinema inaugura de forma marcante a representação do cientista que, ao desafiar os limites da natureza, dá vida a um ser atormentado pela rejeição e pelo desejo de pertencimento. A trama não apenas aterrorizou gerações, mas também abriu caminho para uma reflexão sobre a responsabilidade ética do criador.

Blade Runner, o Caçador de Andróides (1982)

Inspirado na obra de Philip K. Dick, o filme dirigido por Ridley Scott coloca em cena os replicantes, androides que questionam sua própria existência e lutam por mais tempo de vida. Ao explorar temas como memória, identidade e humanidade, o longa se consolidou como um marco da ficção científica e das discussões sobre criador e criatura.

Ex Machina: Instinto Artificial (2014)

Neste suspense psicológico, um jovem programador é convidado a avaliar as capacidades de uma inteligência artificial chamada Ava. No entanto, à medida que o experimento avança, surgem dilemas éticos e manipulações inesperadas, revelando a tênue linha entre criação e dominação.

M3GAN (2022)

A boneca androide desenvolvida para ser a melhor amiga de uma criança acaba ultrapassando seu propósito original, tornando-se uma ameaça. O filme atualiza o medo clássico de Frankenstein para a era da inteligência artificial e da tecnologia doméstica, explorando os riscos do apego emocional a criações que fogem ao controle.

Pobres Criaturas (2023)

Premiado no Festival de Veneza, o longa dirigido por Yorgos Lanthimos apresenta uma história ousada sobre uma mulher ressuscitada por um cientista excêntrico. A trama combina fantasia e crítica social, mostrando como a busca pela autonomia da criatura desafia as intenções de seu criador. É uma das produções mais recentes a revisitar esse arquétipo com profundidade e originalidade.

Esses filmes e séries não apenas entretêm, mas também convidam o público a refletir sobre a ética da criação, os limites da ciência e a eterna tensão entre liberdade e controle.