5 filmes e séries onde a Morte dá as caras

A figura da Morte sempre exerceu fascínio no imaginário humano. No cinema e na televisão, ela deixou de ser apenas um conceito abstrato para se tornar personagem com voz, aparência e até sentimentos. Em algumas obras, é um adversário implacável; em outras, uma força inevitável, mas compreensiva. A seguir, conheça cinco produções que transformaram a Morte em personagem e provocaram reflexões profundas sobre a vida, o destino e a finitude.

O Sétimo Selo (1957)

Dirigido por Ingmar Bergman, esse clássico do cinema mundial se passa na Europa medieval devastada pela peste. O cavaleiro Antonius Block, ao voltar das Cruzadas, encontra a Morte e a desafia para uma partida de xadrez. A trama, marcada por diálogos filosóficos, discute fé, desespero e a busca de sentido diante da inevitabilidade do fim. A icônica cena do jogo de xadrez se tornou uma das imagens mais marcantes da história do cinema.

Encontro Marcado (1998)

Com Brad Pitt e Anthony Hopkins, este drama romântico apresenta a Morte encarnada em um jovem que decide vivenciar a experiência humana. Ao conviver com uma família poderosa, a entidade se apaixona e descobre as contradições da vida terrena. Diferente de representações sombrias, aqui a Morte surge com delicadeza, oferecendo uma visão poética sobre a passagem entre mundos.

Premonição (2000)

A franquia de terror, iniciada em 2000, revolucionou o gênero ao transformar a Morte em presença invisível, mas constante. Após escapar de acidentes fatais graças a premonições, jovens passam a ser perseguidos por uma força que nunca descansa até cumprir seu ciclo. Sem rosto definido, mas com poder absoluto, a Morte se manifesta através de acidentes elaborados, mostrando que dela ninguém escapa.

Supernatural (2005 – 2020)

Ao longo de suas quinze temporadas, a série explorou várias entidades sobrenaturais, mas uma das mais memoráveis foi a Morte, apresentada como um dos Quatro Cavaleiros do Apocalipse. Sereno, poderoso e sábio, esse personagem marcou os fãs por seu ar enigmático e pela forma diferente de retratar a finitude: não como inimiga, mas como parte natural da ordem universal.

Sandman (2022 – até hoje)

A adaptação da obra de Neil Gaiman trouxe uma das versões mais singulares da Morte. Carismática e compassiva, ela guia almas com ternura e oferece reflexões sobre a vida em seu último instante. Ao contrário de retratos sombrios, aqui a Morte ganha humanidade, sendo retratada como irmã do protagonista, Sonho. Essa abordagem conquistou público e crítica, trazendo frescor a uma figura tantas vezes temida.

Essas produções revelam como diferentes épocas e culturas moldaram a imagem da Morte, oscilando entre o terror e a poesia. Ao transformá-la em personagem, cineastas e roteiristas nos convidam a olhar para a finitude de modo mais profundo, lembrando que pensar sobre o fim é também valorizar a vida.