Angico: benefícios, usos medicinais e como utilizar no dia a dia

Planta nativa do Brasil, o angico fortalece a imunidade, trata infecções e alivia doenças respiratórias como bronquite e tosse.
Angico: benefícios, usos medicinais e como utilizar no dia a dia
Foto: Wikimedia Commons

O angico é uma árvore nativa do Brasil, presente especialmente no Cerrado, na Caatinga e em áreas de Mata Atlântica. Conhecida pela sua imponência e flores aromáticas, a planta tem longa tradição na medicina popular. Suas cascas e sementes oferecem propriedades terapêuticas que vêm sendo cada vez mais valorizadas por fitoterapeutas e pesquisadores. Os povos originários utilizavam o angico no tratamento de feridas e infecções respiratórias, demonstrando o potencial dessa planta como aliada da saúde natural.

O que é o angico?

O angico pertence ao gênero Anadenanthera, sendo as espécies mais conhecidas o angico-vermelho (Anadenanthera colubrina) e o angico-branco (Anadenanthera peregrina). A árvore pode ultrapassar 20 metros de altura, com tronco robusto e casca espessa. Suas flores exalam um aroma doce, e os frutos em forma de vagem contêm sementes ricas em taninos e outras substâncias bioativas. A madeira desta árvora também é bastante valorizada, mas é nas cascas que se concentram os compostos com maior potencial medicinal.

Benefícios do angico para a saúde

Essa planta tem diversas aplicações terapêuticas. Os principais benefícios envolvem o sistema respiratório, a saúde da pele e o alívio de processos inflamatórios. Veja a seguir como essa planta pode contribuir para o bem-estar:

  • Combate a problemas respiratórios: o chá da casca de angico ajuda a aliviar tosse, bronquite, asma e rouquidão, devido à sua ação expectorante e anti-inflamatória.
  • Auxílio no tratamento de feridas: em forma de cataplasma ou banho, o angico contribui para cicatrização de cortes, picadas e inflamações de pele.
  • Alívio de inflamações: os taninos presentes na planta atuam como anti-inflamatórios naturais, beneficiando articulações e processos infecciosos leves.
  • Fortalecimento da imunidade: o consumo controlado do chá pode ajudar o organismo a reagir melhor contra infecções.

Como usar o angico na fitoterapia

O uso do angico deve ser sempre orientado por um profissional, especialmente porque o excesso pode provocar efeitos adversos. Ainda assim, sua forma tradicional de preparo é simples e acessível.

Chá de angico

O chá feito com a casca seca é o método mais utilizado na medicina popular, especialmente para problemas respiratórios.

  • Ferva 1 litro de água.
  • Adicione 1 colher de sopa de casca seca de angico.
  • Deixe ferver por 10 minutos.
  • Coe e tome até 2 xícaras ao dia, por no máximo 7 dias.

Uso tópico

O decocto da casca pode ser usado em banhos ou compressas para tratar feridas, coceiras, picadas de insetos e inflamações da pele.

Contraindicações do angico

Apesar dos benefícios, o angico deve ser utilizado com cautela. Seu uso prolongado ou em doses excessivas pode causar intoxicação. Veja os principais cuidados:

  • Gestantes e lactantes não devem consumir o angico em nenhuma forma.
  • Crianças pequenas devem evitar o uso interno da planta.
  • Pessoas com doenças hepáticas devem consultar um profissional antes do uso.
  • O consumo prolongado pode sobrecarregar o fígado e os rins.

FAQ sobre o angico

1. O chá é bom para bronquite?
Sim. A infusão da casca tem ação expectorante e anti-inflamatória, ajudando a aliviar os sintomas da bronquite.

2. Pode usar para tratar feridas?
Sim. O uso externo em banhos ou compressas acelera a cicatrização de feridas e alivia coceiras.

3. Tem efeitos colaterais?
Em excesso, pode causar intoxicação e afetar o fígado. O uso deve ser moderado e supervisionado.

4. Crianças podem tomar o chá?
Não é recomendado o uso interno por crianças, devido à presença de substâncias que podem ser tóxicas em doses elevadas.

5. Onde encontrar a casca para chá?
Em casas de produtos naturais, farmácias de manipulação ou por meio de indicação de fitoterapeutas qualificados.

Patricia Caroano

Terapeuta integrativo utilizando técnicas complementares de cura natural como Fitoenergética, Cristaloterapia e Reiki. Mestra Reiki há mais de 20 anos, com atendimentos presenciais e cursos para formação no Reiki nível 1, 2, 3 e Mestrado, Psicóloga de formação, estudiosa da Sabedoria Ancestral (xamanismo) no Voz dos Elementos, Pós-Graduanda em Fitoterapia e Botânica.

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