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Por que o Dia da Família é essencial nas escolas e não substitui o Dia das Mães ou dos Pais

Agora, prestes a comemorarmos mais um tradicional Dia das Mães, está mais do que na hora de tratarmos o Dia da Família com toda relevância merecida. Em primeiro lugar, o Dia da Família, celebrado em 15 de maio, nasceu da necessidade de reconhecer a diversidade familiar. Instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1993, esse dia reforça o papel fundamental da família como base da sociedade, valorizando todos os modelos de convivência e afeto, sem distinção de forma, gênero ou número de integrantes.
Contudo, em um mundo polarizado (um chavão, mas a triste realidade!), qualquer mudança que esbarre em temas sensíveis como diversidade e direitos humanos provoca reações de um ou até dos dois lados.
Qual a origem do Dia da Família
A ONU criou o Dia Internacional da Família para chamar atenção mundial para a importância das relações familiares no desenvolvimento social. A escolha da data, 15 de maio, veio após debates sobre como apoiar famílias em tempos de transformação social. A ONU percebeu que políticas públicas e iniciativas sociais precisavam considerar os lares em sua pluralidade — não apenas o modelo tradicional de pai, mãe e filhos.
Com isso, o Dia da Família surgiu como um marco para reflexões sociais, educação de valores e fortalecimento dos vínculos. A data passou a ser comemorada em muitos países, incluindo o Brasil, especialmente em ambientes escolares e comunitários.
Por que se tornou importante
O Dia da Família oferece uma oportunidade única de refletir sobre o papel que cada núcleo familiar exerce na formação de indivíduos. Famílias são o primeiro espaço de aprendizado emocional e social. Elas sustentam o desenvolvimento de valores como respeito, empatia, responsabilidade e afeto.
Além disso, a data acolhe famílias diversas — monoparentais, ampliadas, reconstituídas, homoafetivas, entre outras. Ao valorizar todos os modelos, o Dia da Família combate preconceitos e promove a inclusão, especialmente no ambiente escolar, onde crianças vivem realidades familiares muito diferentes.
Não substitui o Dia das Mães ou o Dia dos Pais
Embora algumas pessoas ainda vejam o Dia da Família como uma tentativa de substituir o Dia das Mães ou o Dia dos Pais, isso não procede. O Dia da Família complementa essas datas, oferecendo uma celebração que engloba todas as figuras responsáveis pela educação e cuidado das crianças.
Enquanto o Dia das Mães e o Dia dos Pais destacam papéis específicos, o Dia da Família amplia a homenagem, sem diminuir a importância das datas tradicionais. Ele abre espaço para incluir avós, tios, irmãos mais velhos ou quaisquer cuidadores que atuem como base afetiva na vida das crianças e adolescentes.
O impacto do Dia da Família nas escolas
Nas últimas décadas, escolas começaram a perceber que muitos alunos não se sentiam representados nas datas tradicionais. Crianças criadas por avós, tias, madrinhas ou pais solteiros às vezes passavam por momentos constrangedores nas comemorações de Dia das Mães ou Dia dos Pais.
O surgimento do Dia da Família ajudou a transformar essas situações. Com a nova data, escolas adotaram uma postura mais inclusiva, promovendo eventos que valorizam o afeto e a convivência sem exclusão. O ambiente escolar passou a reconhecer todas as formas legítimas de família, fortalecendo a autoestima dos alunos e o vínculo com os responsáveis.
Como celebrar com equilíbrio
Uma escola pode valorizar o Dia da Família sem diminuir o significado do Dia das Mães ou do Dia dos Pais. Para isso, o ideal é tratar essas datas como complementares, nunca como concorrentes. O segredo está na abordagem.
Ao planejar atividades para o Dia da Família, a escola pode priorizar ações que envolvam todos os cuidadores afetivos da criança. Encontros, oficinas, cafés colaborativos, apresentações e rodas de conversa são algumas alternativas que promovem a participação familiar sem restringir o foco a apenas pai ou mãe.
Além disso, a escola pode usar a data para trabalhar temas como diversidade, empatia, tolerância e respeito às diferenças. Isso contribui diretamente para a formação cidadã dos alunos e prepara a comunidade escolar para conviver com a pluralidade de lares com mais sensibilidade.
Papel transformador
O Dia da Família se consolidou como uma data transformadora. Ele não apenas promove a união entre escola e responsáveis, mas também ensina valores essenciais para a convivência. Ao reconhecer todas as estruturas familiares, a escola educa pelo exemplo e fortalece o sentimento de pertencimento de todos os alunos.
Em suma, ao lado do Dia das Mães e do Dia dos Pais, o Dia da Família amplia o olhar sobre o afeto. Ele convida todos a celebrarem o amor em sua forma mais universal: o cuidado que une e constrói vidas, independentemente dos papéis definidos por convenções sociais.
FAQ sobre o Dia da Família
Quando é comemorado o Dia da Família?
O Dia da Família é comemorado em 15 de maio, data oficial instituída pela ONU em 1993.
O Dia da Família substitui o Dia das Mães ou o Dia dos Pais?
Não. Ele complementa essas datas, celebrando todas as formas de cuidado e afeto familiar.
Por que o Dia da Família é importante para as escolas?
Porque promove a inclusão de alunos com diferentes formações familiares, fortalecendo o vínculo com os responsáveis.
Como uma escola pode celebrar o Dia da Família com respeito às outras datas?
Realizando eventos inclusivos, sem restringir homenagens apenas a pais ou mães, e valorizando todos os cuidadores.
Quais atividades podem ser feitas para celebrar o Dia da Família?
Cafés da manhã afetivos, rodas de conversa, murais colaborativos e apresentações abertas a todos os membros da família.
Rogério Victorino
Jornalista especializado em entretenimento. Adora filmes, séries, decora diálogos, faz imitações e curte trilhas sonoras. Se arriscou pelo turismo, estilo de vida e gastronomia.
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