Brasil recebe US$ 300 milhões para implementar plano de saúde climática na COP30

O Brasil recebe US$ 300 milhões para adaptar seu sistema de saúde aos efeitos das mudanças climáticas, com foco em populações vulneráveis.
Brasil recebe US$ 300 milhões para implementar plano de saúde climática na COP30
Foto: Agência Brasil / Bruno Peres

O Brasil garantiu uma doação de US$ 300 milhões para financiar o Plano de Ação de Belém para a Saúde, segundo reportagem da Agência Brasil.. A iniciativa, anunciada durante a COP30 em Belém, visa adaptar os sistemas de saúde aos impactos das mudanças climáticas.

Instituições filantrópicas globais formalizaram a contribuição para a chamada “Coalizão para o Clima e o Bem-Estar da Saúde”. Alan Dangour, diretor de Clima e Saúde da Wellcome Trust, declarou que os fundos apoiarão ações integradas para combater tanto as causas das mudanças climáticas quanto seus efeitos na saúde de populações vulneráveis. Segundo ele, a coalizão já mobiliza 35 milhões de pessoas mundialmente.

Estratégia global e mobilização de países

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que o plano constitui uma estratégia global. Ele explicou que países interessados podem se tornar signatários para adaptar seus sistemas de saúde às novas realidades climáticas. Atualmente, 40 países já aderiram, bem como outras 40 organizações sociais e instituições.

Padilha citou como exemplos o Reino Unido — que lidera o G20 e apoia a iniciativa brasileira — e nações das Américas, como Canadá, México, Colômbia e Uruguai. Ele reforçou que o Brasil assume papel de liderança regional no continente americano.

Foco nas populações vulneráveis

O ministro sublinhou que as mudanças climáticas impactam de forma desigual. Por isso, o plano priorizará populações mais vulneráveis, seja por localização geográfica ou por grupo social. Segundo ele, o projeto dará atenção especial a negros, indígenas e mulheres, que já enfrentam desigualdades estruturais de acesso à saúde.

No Brasil, o plano prevê reformar unidades de saúde para torná-las resilientes ao clima. Isso inclui desde a construção projetada para resistir a eventos extremos até a logística de transporte de insumos e coleta de dados. Padilha alertou que as regiões não são iguais entre si, e o plano reconhecerá essas diferenças para distribuir os recursos conforme as necessidades.

Para o ministro, a mudança climática representa um determinante social da saúde tão relevante quanto a pobreza ou a violência. Ele disse que caberá aos signatários do plano reforçar um compromisso ético: direcionar os recursos não apenas para mitigar impactos, mas para promover justiça social e equidade.

FAQ sobre o Plano de Ação de Belém para a Saúde

O que é o Plano de Ação de Belém para a Saúde?
É uma iniciativa lançada durante a COP30 para adaptar os sistemas de saúde aos efeitos das mudanças climáticas, por meio de ações integradas e financiamento internacional.

Quem doou os US$ 300 milhões?
Instituições filantrópicas globais, reunidas na “Coalizão para o Clima e o Bem-Estar da Saúde”, lideradas pela Wellcome Trust, financiaram a iniciativa.

Quantos países já aderiram ao plano?
Até agora, 40 países e outras 40 instituições sociais e organizações assinaram compromisso para adaptar seus sistemas de saúde climáticos.

Como o plano beneficiará as populações mais vulneráveis?
Ele priorizará investimentos em comunidades atingidas por desigualdades sociais, como populações negra, indígena e grupos que enfrentam barreiras de gênero.

Quais mudanças concretas o Brasil vai fazer na saúde?
O Brasil adaptará sua infraestrutura de saúde — unidades físicas, transporte de insumos e coleta de dados — às novas demandas climáticas para garantir resiliência e equidade.

Rogério Victorino

Jornalista especializado em entretenimento. Adora filmes, séries, decora diálogos, faz imitações e curte trilhas sonoras. Se arriscou pelo turismo, estilo de vida e gastronomia.

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