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Difícil se faz viver… (Do seu sentir): uma crônica reflexiva sobre nossas escolhas
No silêncio que envolve as sombras de cada escolha, de cada passo dado entre o caos e a calma, habitam companheiras constantes: a dor, a tristeza, a saudade. Elas silenciam tudo, mas ao mesmo tempo clamam por tudo. São verdades que o coração conhece, mas que a boca não ousa falar.
O homem solitário, afinal, é aquele que sente o peso de ser e o abismo de estar. Carrega consigo um vazio que nem sempre deseja preencher, pois é nesse espaço que reside sua própria busca. Ele não questiona a dor, mas o sentido de seguir adiante, sabendo que é a dor que o guia, que traça as linhas invisíveis que sustentam sua existência.
Quando a vida se transforma em um redemoinho, é nesse fluxo intenso e inconstante que ele encontra o impulso para continuar. Há quem procure Messias nas palavras fugazes da mídia. Há quem se perca nas promessas vazias de um poder que nunca lhe pertenceu. Mas o solitário sabe que não é no eco da multidão que estão as respostas. É na escuridão íntima do seu próprio universo que ele compreende o quanto há de beleza em simplesmente ser, em aceitar as perdas como partes de si mesmo.
Sim, viver se torna difícil. Mas o que é viver senão essa dança em que a dor e o amor coexistem? Em que o vazio se enche de significados, e a tristeza é, talvez, o mais sincero espelho da humanidade?
E o homem segue, não como quem procura o fim, mas como quem finalmente aprendeu a caminhar no silêncio, abraçando a fragilidade de existir e a grandeza de sentir.
Afinal, há mais do que dor e saudade em cada um de nós. Há o indizível, o extraordinário e o eterno.
Rubens Muniz Junior
Rubens de Azevedo Muniz Junior, economista, administrador de empresa, trader aposentado, 82 anos de idade, nascido em Pirajuí, é poeta, cronista, contista, romancista e amante de boa leitura. Viajou e residiu, a trabalho, fora do Brasil.
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