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Cidade subterrânea sob as pirâmides do Egito? Descoberta polêmica intriga arqueólogos
Na terceira semana de março de 2025, arqueólogos das universidades de Pisa (Itália) e Strathclyde (Escócia) anunciaram a possível descoberta de estruturas subterrâneas sob as famosas pirâmides de Gizé. Utilizando radar de penetração no solo (GPR), os cientistas identificaram formações profundas que podem alterar nossa compreensão sobre a arquitetura egípcia antiga.
Embora os dados ainda não tenham sido validados por escavações físicas, a revelação gerou forte repercussão na comunidade acadêmica internacional. Enquanto alguns veem potencial para uma descoberta revolucionária, outros mantêm uma postura cética e pedem cautela.
Quem são os pesquisadores por trás da descoberta?
A investigação foi liderada pelo físico italiano Corrado Malanga, professor da Universidade de Pisa, conhecido por suas pesquisas multidisciplinares, e por Filippo Biondi, pesquisador da Universidade de Strathclyde, na Escócia.
Ambos afirmam ter detectado, com base em análise sísmica e radar subterrâneo, oito poços cilíndricos de até 640 metros de profundidade, conectados a câmaras subterrâneas de formato cúbico, cada uma com cerca de 80 metros de largura. Além disso, relataram a existência de cinco estruturas maiores, interligadas por passagens em espiral, que se estenderiam até 1.210 metros abaixo da superfície.
Segundo a equipe, essas estruturas podem representar os lendários Salões de Amenti, uma espécie de local místico descrito em textos esotéricos do Antigo Egito como um espaço de sabedoria guardado sob as pirâmides.
Ceticismo entre especialistas: tecnologia ou teoria?
Apesar do impacto inicial, a descoberta foi prontamente questionada por arqueólogos e geofísicos. Lawrence Conyers, professor da Universidade do Arizona e referência mundial em GPR aplicado à arqueologia, foi categórico:
“A tecnologia atual não tem capacidade para gerar imagens precisas a 1.200 metros de profundidade. As interpretações divulgadas até agora são, no mínimo, exageradas.”
Outros especialistas apontam para a ausência de escavações físicas ou estudos revisados por pares como indícios de que a divulgação pode ter sido precipitada. Ainda assim, Conyers reconhece que a região de Gizé abriga diversos túneis e câmaras menores, já registradas por levantamentos anteriores.
Paralelo: novos dados sobre práticas funerárias em pirâmides
No mesmo período, um segundo estudo trouxe revelações sobre os enterramentos em pirâmides. A pesquisa, conduzida por Sarah Schrader, bioarqueóloga da Universidade de Leiden (Holanda), analisou restos mortais em Tombos, no atual Sudão, uma antiga colônia do Egito.
Publicado na revista Journal of Anthropological Archaeology, o estudo mostra que trabalhadores de classe média e até camponeses foram enterrados com a elite, dentro ou ao lado de estruturas piramidais. Os esqueletos revelam desgaste ósseo associado a trabalho físico intenso, o que derruba a ideia de que apenas nobres usavam as pirâmides como tumbas.
Segundo Schrader:
“Esses indivíduos provavelmente foram enterrados junto à elite para continuar servindo no além. Isso revela uma sociedade mais simbólica e integrada do que se pensava.”
As pirâmides ainda escondem muitos mistérios?
As revelações desta semana reacendem o debate sobre a verdadeira função das pirâmides. Foram apenas tumbas reais? Abrigaram tesouros ocultos? Ou guardam conhecimentos perdidos em estruturas ainda não acessadas?
A possível existência de um sistema subterrâneo extenso sob Gizé, embora ainda não confirmada, aponta para a necessidade de novas investigações mais profundas, com métodos científicos rigorosos e escavações controladas.
Ao mesmo tempo, a reavaliação das práticas funerárias amplia nossa visão sobre as relações sociais e espirituais no Egito Antigo, desafiando estereótipos mantidos por séculos.
Entre fatos e especulações, uma coisa é certa: as pirâmides do Egito continuam a inspirar, provocar e desafiar nosso conhecimento. Seja revelando possíveis estruturas ocultas ou novos rituais de morte, essas descobertas provam que ainda há muito por descobrir sob as areias milenares de Gizé.
FAQ – Perguntas frequentes sobre as descobertas nas pirâmides do Egito
1. O que foi descoberto sob as pirâmides de Gizé?
Pesquisadores detectaram estruturas subterrâneas com câmaras e poços profundos, possivelmente relacionadas aos míticos Salões de Amenti.
2. Quem lidera essa pesquisa?
Corrado Malanga (Universidade de Pisa) e Filippo Biondi (Universidade de Strathclyde) lideram o projeto, com uso de radar de penetração no solo.
3. A descoberta já foi confirmada por escavações?
Ainda não. As formações foram identificadas por georradar, e não houve escavações físicas até o momento.
4. Por que há ceticismo na comunidade científica?
Especialistas como Lawrence Conyers afirmam que a profundidade relatada ultrapassa os limites da tecnologia atual de radar terrestre.
5. Há outras descobertas recentes envolvendo pirâmides?
Sim. Um estudo liderado por Sarah Schrader revelou que pessoas da classe média também eram enterradas em pirâmides, desafiando crenças antigas.
Redação Sideral
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