Anúbis: o guardião das passagens e protetor das almas no além

Anúbis, conhecido pelos antigos egípcios como Anpu, é o deus dos mortos, da mumificação e das passagens espirituais. Representado como um homem com cabeça de chacal negro, ele é o guardião das necrópoles, protetor das tumbas e guia das almas no submundo (Duat). Sua figura inspira respeito e reverência, pois representa o momento sagrado da transição entre a vida e a eternidade.

Segundo a mitologia, Anúbis é filho de Néftis e, em algumas versões, de Osíris. Foi ele quem embalsamou Osíris após seu assassinato, estabelecendo os ritos funerários egípcios e tornando-se o patrono dos embalsamadores.

Psicopompo e juiz auxiliar: o papel de Anúbis na jornada da alma

Anúbis conduz a alma do falecido ao Salão da Verdade, onde ocorre o julgamento final. Ele pesa o coração do morto na balança contra a pena de Maat (símbolo da verdade e justiça). Seu papel é garantir que o processo seja justo e sagrado.

Nesse contexto, Anúbis é o psicopompo egípcio — aquele que guia com sabedoria as almas pelo além. Ele não condena nem absolve, mas conduz e protege, assegurando que a alma esteja pronta para seguir seu destino espiritual.

Símbolos e atributos espirituais de Anúbis

• Cabeça de chacal: associada aos desertos e túmulos, símbolo de vigilância.
• Cor preta: não representa morte, mas sim renascimento, fertilidade do solo e potencial oculto.
• Cajado e flagelo: usados como símbolos de autoridade espiritual.
• Amuletos e estátuas: eram colocados em tumbas como proteção contra influências negativas.

Anúbis representa o poder silencioso, a vigilância constante e o respeito à transição espiritual.

Anúbis nas tradições esotéricas e ocultistas

Em ordens esotéricas e práticas ocultistas, Anúbis é invocado como:

• Guardião dos portais espirituais e planos sutis.
• Protetor de rituais de morte simbólica e renascimento iniciático.
• Arquetípico Guardião do Limiar, que testa a pureza do buscador.

Sua imagem aparece em tarôs iniciáticos, meditações de passagem e práticas de contato com o inconsciente profundo. Ele rege a travessia entre o ego e o Eu superior.

Anúbis seria uma entidade interdimensional ou cósmica?

Algumas vertentes espiritualistas e ufológicas veem Anúbis como um ser de alta densidade vibracional, associado à guarda de frequências, portais e linhas temporais. Por sua aparência híbrida e sua ligação com a morte consciente, alguns acreditam que ele represente um guardião estelar de passagens entre dimensões.

Essa interpretação o aproxima de seres conhecidos como guardiões, sentinelas cósmicos ou mesmo instrutores de transição pós-morte em civilizações avançadas.

Anúbis hoje: o guardião interno que desperta na travessia

No mundo moderno, Anúbis inspira terapeutas transpessoais, espiritualistas e buscadores que trabalham com o luto, o renascimento simbólico e os mistérios da alma. Ele representa:

• A travessia da sombra com coragem.
• A proteção energética em momentos de vulnerabilidade.
• A escuta profunda da alma em transição.

Anúbis vive em toda escolha de desapego, em todo rito de passagem, em toda travessia feita com respeito à vida e à morte.

Aquele que segura a balança da alma

Seguir Anúbis é aceitar que toda transformação exige morte simbólica. Ele nos lembra que atravessar a noite não é um fim, mas um ritual — e que quem caminha com o coração leve encontrará o seu lugar entre as estrelas.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre Anúbis

Anúbis e Osíris têm a mesma função?

Não. Osíris julga as almas; Anúbis conduz e prepara o caminho. Ele é o guia, não o juiz.

Por que Anúbis tem cabeça de chacal?

O chacal vivia próximo a tumbas no deserto. Sua imagem foi usada como símbolo de proteção contra saqueadores e forças negativas.

Anúbis é um deus do mal?

De forma alguma. Anúbis é um protetor espiritual, símbolo de respeito e sacralidade na morte.

Ele é cultuado hoje?

Sim, em tradições neopagãs, ordens esotéricas e práticas espirituais ligadas ao luto e à transição.

Anúbis pode ser uma entidade extraterrestre?

Algumas vertentes espiritualistas o associam a seres guardiões interdimensionais que atuam em momentos de passagem entre planos.