Papa Francisco: Crisma não deve ser o “sacramento de despedida”

Papa Francisco destaca a Crisma como início de participação ativa na Igreja, reforçando o compromisso espiritual e a missão cristã.
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Foto: Canva

Na Audiência Geral realizada nesta semana, o Papa Francisco abordou o sacramento da Crisma, instando os fiéis a redescobrir os frutos do Espírito Santo. Ele afirmou que a Crisma, ou Confirmação, não deve ser vista como uma “extrema unção” ou uma despedida da Igreja. Em vez disso, deve ser o início de uma participação ativa na vida cristã.

Durante o ciclo de catequeses sobre o Espírito Santo, Francisco destacou o papel transformador dos sacramentos. Ele descreveu a Crisma como um “Pentecostes” pessoal para cada cristão. Enquanto o Batismo representa o nascimento, a Crisma fortalece a fé e simboliza a maturidade espiritual.

Crisma: o “selo” de Cristo

O Papa enfatizou que a Crisma remonta aos tempos do Novo Testamento. Os apóstolos transmitiam o Espírito Santo pela imposição das mãos, uma prática registrada nos Atos dos Apóstolos. Francisco mencionou o exemplo de Pedro e João, que oraram e impuseram as mãos sobre os samaritanos para que recebessem o Espírito Santo (At 8,14-17). Ele também citou São Paulo, que descreve o Espírito como o “penhor” da nossa fé: “O Espírito Santo nos marca com o selo de Cristo, confirmando-nos como filhos de Deus” (2Cor 1,21-22).

Um chamado ao compromisso

Francisco explicou que a Crisma representa um crescimento espiritual, fortalecendo a identidade cristã dos fiéis. Ele afirmou que, enquanto o Batismo marca o nascimento, a Crisma oferece força para viver e testemunhar a fé com maturidade. Além disso, ela é um convite ao compromisso com a missão da Igreja. Francisco alertou os fiéis a não encararem a Crisma como um “adeus”, mas como o início de uma vida cristã ativa.

O Papa sugeriu que leigos com experiência pessoal com Cristo ajudem a preparar os jovens para esse sacramento. Para ele, esses fiéis inspirariam os jovens a viverem plenamente o significado da Crisma.

Reavivando a chama do Espírito Santo

Francisco concluiu seu discurso incentivando os batizados a reavivarem a chama do Espírito Santo em suas vidas. Citando São Paulo, ele lembrou da exortação para “reavivar a chama do dom de Deus” (2Tm 1,6). Francisco sugeriu que o Ano Santo seja uma oportunidade para afastar o descomprometimento e se tornar portadores da chama do Espírito. “Que o Espírito Santo nos ajude a dar passos concretos nessa direção!”, finalizou o Papa.

Rogério Victorino

Jornalista especializado em entretenimento. Adora filmes, séries, decora diálogos, faz imitações e curte trilhas sonoras. Se arriscou pelo turismo, estilo de vida e gastronomia.

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