José Antônio Maria Ibiapina: brasileiro é reconhecido como venerável pelo Vaticano

José Antônio Maria Ibiapina é declarado venerável pelo Vaticano por sua vida de fé, caridade e dedicação ao povo brasileiro.
José Antônio Maria Ibiapina: brasileiro é reconhecido como venerável pelo Vaticano
Foto: Canva

O Vaticano declarou venerável o brasileiro José Antônio Maria Ibiapina, reconhecendo sua vida de fé, caridade e serviço ao próximo. Natural de Sobral, no Ceará, ele nasceu em 5 de agosto de 1806 e dedicou sua trajetória à justiça, à advocacia e, posteriormente, ao sacerdócio.

Início da vida e desafios familiares

Ibiapina ingressou no seminário de Olinda, Pernambuco, em 1823, mas precisou deixar os estudos após a morte da mãe. Em 1824, durante uma revolta antilusitana, seu pai foi executado e seu irmão, exilado. Diante dessas dificuldades, ele escolheu o curso de Direito para sustentar suas irmãs.

Após a graduação, tornou-se professor, juiz e delegado de polícia. Em 1834, foi eleito para o Parlamento Nacional e assumiu a presidência da Comissão de Justiça Criminal. No ano seguinte, propôs uma lei para proibir o desembarque de escravos africanos no Brasil.

Transição para a vida religiosa

Pois sem conseguir promover mudanças significativas no sistema judiciário, Ibiapina abandonou a magistratura e, ao fim do mandato parlamentar, decidiu não se reeleger. Mudou-se para Recife, onde passou a advogar para os mais pobres. Em 1850, deixou a carreira jurídica e se retirou para um período de solidão. Três anos depois, recebeu a ordenação sacerdotal.

Ação missionária e obras sociais

Na Paraíba, ele se dedicou a missões populares e à construção de igrejas, capelas, hospitais e orfanatos. Durante uma epidemia de cólera, ganhou o reconhecimento do povo como “peregrino da caridade” devido ao seu incansável trabalho de assistência. Também fundou casas de acolhimento e escolas profissionalizantes na Paraíba e no Rio Grande do Norte.

Últimos anos e reconhecimento de sua fé

Em 1875, Ibiapina começou a sofrer de uma paralisia progressiva e passou a se locomover em uma cadeira de rodas. Com a piora de sua saúde, faleceu em 19 de fevereiro de 1883.

O Vaticano o reconheceu como venerável por sua vida de intensa fé, oração e total confiança na Providência. Sua fama de santidade, presente ainda em vida, continuou após sua morte, acompanhada por testemunhos de graças atribuídas a sua intercessão. O Vatican News foi quem divulgou a informação.

Rogério Victorino

Jornalista especializado em entretenimento. Adora filmes, séries, decora diálogos, faz imitações e curte trilhas sonoras. Se arriscou pelo turismo, estilo de vida e gastronomia.

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