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O papel das redes sociais na evangelização do século 21
O avanço tecnológico e a popularização das redes sociais transformaram profundamente o modo como vivemos e nos comunicamos. Esse cenário digital, em constante evolução, abre caminhos promissores para a evangelização, tornando-se um campo fértil para a missão da Igreja.
Dom Edson Oriolo, bispo da Diocese de Leopoldina (MG), destacou ao Vatican News, que atualmente, ao falar em comunicação, pensamos imediatamente na internet e, especialmente, nas redes sociais. Esse ambiente ultrapassa o antigo modelo da teoria da comunicação, baseado na tríade emissor, mensagem e receptor. Hoje, vivemos uma cultura de relacionamentos digitais, onde todos se tornam emissores e receptores ao mesmo tempo.
As redes sociais aproximam pessoas, promovem opiniões, oferecem acesso a informações em tempo real, possibilitam o compartilhamento de conteúdos diversos e ainda proporcionam entretenimento. Além disso, cumprem papel estratégico no marketing e na comunicação institucional. Nesse espaço virtual, pessoas, instituições, grupos e marcas interagem de forma dinâmica e contínua.
Na sociedade atual, a socialização acontece mais online do que presencialmente. Essa nova realidade impacta áreas como psicologia, sociologia, antropologia e até mesmo a religião. As redes sociais influenciam diretamente o desenvolvimento econômico, científico, técnico e espiritual do nosso tempo.
Estamos mais conectados do que nunca
Segundo dados da plataforma Datareport, o Brasil ocupa o terceiro lugar no mundo em tempo médio diário de uso das redes sociais: 3 horas e 37 minutos. As plataformas mais populares no país são WhatsApp (147 milhões de usuários), YouTube (144 milhões), Instagram (134,6 milhões), Facebook (113 milhões) e TikTok (98,59 milhões). Curiosamente, as mulheres representam 55,6% dos usuários, enquanto os homens somam 44,4%.
A conectividade se tornou parte do cotidiano. Nas ruas, restaurantes, pontos de ônibus e até mesmo dentro de casa, as pessoas mantêm os olhos voltados para seus aparelhos. Vivemos quase 24 horas por dia imersos no universo online, interagindo, buscando informações e cultivando relações.
A evangelização deve estar presente nesse novo ambiente
Diante desse cenário, a evangelização precisa assumir um papel ativo nas redes sociais. A Igreja não pode temer esse novo território. Pelo contrário, deve lançar as sementes do Evangelho com criatividade, discernimento e amor. O uso consciente das plataformas mais populares — como Facebook, Instagram, YouTube, WhatsApp, TikTok, Twitter, Snapchat e LinkedIn — pode ser extremamente eficaz para transmitir a mensagem cristã.
Jesus Cristo, mestre da comunicação, utilizou todos os meios disponíveis em sua época para anunciar a Boa-nova e relacionar-se com as pessoas. Seguindo esse exemplo, a Igreja deve se fazer presente no ambiente digital e revelar, através dele, o comunicador do Pai.
As redes sociais fazem parte de todos os aspectos da vida moderna. Por isso, elas oferecem à Igreja uma oportunidade ímpar de dinamizar a evangelização. A Pastoral do Encontro, por exemplo, ganha força ao utilizar esses meios para alcançar pessoas que precisam de acolhimento, escuta e esperança.
As redes sociais como instrumentos de salvação
Essa presença da Igreja no mundo digital pode ajudar a resgatar vidas que enfrentam desafios como exclusão, dependência química, conflitos familiares, doenças graves ou até mesmo a ausência de sentido na existência. Evangelizar nesse ambiente é promover o encontro com Cristo, gerar compromisso com a comunidade eclesial e estimular a vivência do amor ao próximo.
Por fim, Dom Edson Oriolo ressalta que estar nas redes sociais é ajudar as pessoas a fazerem a experiência de fé. É motivá-las a se tornarem discípulas missionárias, comprometidas com a Igreja e com a construção de uma sociedade mais justa e solidária. Nesse sentido, as redes sociais se revelam como uma verdadeira terra de missão, onde a graça de Deus pode alcançar corações, fortalecer a fé e renovar o seguimento a Jesus Cristo.
Rogério Victorino
Jornalista especializado em entretenimento. Adora filmes, séries, decora diálogos, faz imitações e curte trilhas sonoras. Se arriscou pelo turismo, estilo de vida e gastronomia.
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