Vaticano debate como a cultura pode transformar vidas em presídios

Encontro no Vaticano mostra como arte, educação e cultura promovem dignidade e mudança dentro das instituições penitenciárias.
Vaticano debate como a cultura pode transformar vidas em presídios
Foto: Canva

O Vaticano promove nesta quinta-feira, 10 de abril, o evento Cultura é vida nos locais de detenção. O encontro acontecerá às 18h, na Sala São Pio X, próxima à Via dell’Ospedale 1. Os Dicastérios para a Cultura e a Educação e para a Comunicação organizam a iniciativa, como informou o Vatican News. Eles convidaram especialistas em arte, jornalismo, educação e cultura. Juntos, esses profissionais vão mostrar como a cultura pode gerar transformação dentro dos presídios.

O jornalista Riccardo Iacona mediará o debate. O cardeal José Tolentino de Mendonça, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, fará a abertura do evento. Paolo Ruffini, prefeito do Dicastério para a Comunicação, também dará as boas-vindas aos participantes.

Debate de experiências

Vários especialistas vão participar da discussão, como Stefano Anastasia (UnitelmaSapienza), a artista Laurie Anderson e a jornalista Roberta Barbi (Vatican News). Também estarão presentes Rosa Galantino, autora do documentário As Borboletas da Giudecca, e Teresa Paoli, jornalista do programa Presadiretta da Rai 3. Além disso, nomes ligados a universidades e museus, como Cristiana Perrella e Marcello Smarrelli, enriquecerão os debates com suas experiências.

Durante o encontro, os convidados apresentarão diversos projetos culturais realizados dentro de presídios. Laurie Anderson vai destacar duas obras marcantes. A primeira é Dal Vivo, feita em 1998 no presídio de San Vittore, em Milão. A segunda, Habeas Corpus, de 2015, retrata a história de um jovem preso em Guantánamo.

Ferramentas de inclusão

Cristiana Perrella, diretora do MACRO e curadora do espaço Conciliação 5, mostrará o projeto Além do muro. O pintor chinês Yan Pei-Ming criou 27 retratos de internos do presídio Regina Coeli, em Roma. A obra dá rosto e voz àqueles que vivem e trabalham nesse espaço. Essa iniciativa valoriza a dignidade humana e reforça o papel da arte na reconstrução da identidade.

Em suma, ao promover esse evento, o Vaticano reafirma a importância da cultura como ferramenta de inclusão. Além disso, mostra que a arte pode transformar vidas, mesmo nos contextos mais desafiadores. A união entre fé, cultura e educação abre caminhos concretos para a esperança.

Rogério Victorino

Jornalista especializado em entretenimento. Adora filmes, séries, decora diálogos, faz imitações e curte trilhas sonoras. Se arriscou pelo turismo, estilo de vida e gastronomia.

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