O Papa Leão XIV em Castel Gandolfo: tenhamos o coração compassivo de Cristo

O Papa Leão XIV exorta os fiéis a viver com compaixão, como Cristo, em homilia inspirada na parábola do bom samaritano, em Castel Gandolfo.
Papa Leão XIV convida fiéis a viverem o Jubileu como tempo de conversão e esperança
Foto: Wikimedia Commons

Durante a homilia celebrada neste domingo (13/7), na Paróquia Pontifícia Santo Tomás de Vilanova, em Castel Gandolfo, o Papa Leão XIV convidou os fiéis a viver com os mesmos sentimentos de Cristo: “um coração que se comove, um olhar que vê e não passa adiante, duas mãos que ajudam e ombros fortes que sustentam os necessitados”. Inspirado pela parábola do bom samaritano, ele refletiu sobre a compaixão como centro da fé cristã.

Parábola do bom samaritano desafia a fé sem ação

O Pontífice destacou que a famosa parábola, contada por Jesus em Lucas 10,25-37, continua a provocar nossa consciência, principalmente quando acomodamos a fé a práticas exteriores. Para ele, seguir Cristo exige transformação interior e coragem para agir com compaixão. “Ver e passar adiante ou ver e se comover — esse olhar define o que carregamos no coração”, afirmou.

Segundo Leão XIV, o sacerdote e o levita, personagens do Evangelho, viram o homem ferido, mas seguiram seu caminho. Já o samaritano, ao ver, sentiu compaixão. Essa diferença no olhar, segundo o Papa, revela o verdadeiro amor cristão: aquele que enxerga com os olhos do coração e não ignora o sofrimento alheio.

Jesus é o verdadeiro bom samaritano

Para o Papa, Jesus representa o bom samaritano por excelência. Ele observou que, assim como o homem do Evangelho que descia de Jerusalém para Jericó, a humanidade também desce aos abismos da dor e da morte. No entanto, Cristo escolheu caminhar conosco, curando nossas feridas com o óleo do amor e da misericórdia. Por isso, o Santo Padre defendeu que viver como discípulo de Jesus significa refletir sua compaixão no mundo real.

Compaixão ativa constrói verdadeira fraternidade

Leão XIV afirmou que a compaixão de Cristo nos transforma. Quando reconhecemos que o Senhor cuida de nós como o bom samaritano, sentimos o chamado de amar como Ele. “Precisamos desta revolução do amor”, declarou. Segundo o Papa, essa revolução acontece quando paramos nossa pressa e deixamos que a dor do outro toque o nosso coração.

Ele alertou que o caminho entre Jerusalém e Jericó simboliza o sofrimento de muitos que enfrentam a pobreza, o abandono e os horrores da guerra. “Ver sem passar adiante é o primeiro passo para criar fraternidade verdadeira, derrubar muros e permitir que o amor supere o mal”, afirmou diante da comunidade local e do bispo Vincenzo Viva.

Papa doa cálice e patena como símbolo de comunhão

Ao final da celebração, o Papa presenteou o pároco com um cálice e uma patena, como sinal de comunhão. Ele definiu o gesto como um convite para que todos vivam unidos, promovendo uma fraternidade real enraizada no exemplo de Cristo. Para Leão XIV, a misericórdia não é um sentimento abstrato, mas uma atitude concreta que transforma o mundo.

FAQ sobre o Papa Leão XIV em Castel Gandolfo

O que o Papa Leão XIV destacou na homilia em Castel Gandolfo?
Ele pediu que os fiéis adotem os sentimentos de Cristo, com amor e compaixão ativa pelos necessitados.

Qual foi o tema central da reflexão do Papa?
A compaixão na parábola do bom samaritano, destacando que a fé verdadeira exige ação concreta.

Por que o Papa compara Jesus ao bom samaritano?
Porque Cristo desceu ao sofrimento humano para curar as feridas da humanidade com amor e misericórdia.

Como o Papa define o olhar cristão?
Como um olhar profundo que enxerga com o coração e se sensibiliza diante do sofrimento do outro.

Qual foi o gesto simbólico do Papa ao final da Missa?
Ele doou um cálice e uma patena ao pároco, como sinal de comunhão e unidade na fé.

Rogério Victorino

Jornalista especializado em entretenimento. Adora filmes, séries, decora diálogos, faz imitações e curte trilhas sonoras. Se arriscou pelo turismo, estilo de vida e gastronomia.

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