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No Angelus, Papa Leão XIV adverte: não se pode chamar Deus de ‘Pai’ e ser duro com os outros
Durante a oração do Angelus deste domingo (27/7), na Praça São Pedro, o Papa Leão XIV fez uma reflexão contundente sobre a oração do “Pai-Nosso”, afirmando que é incoerente rezar a Deus como “Pai” e, ao mesmo tempo, agir com dureza e insensibilidade em relação ao próximo. A mensagem central do pontífice foi um chamado à coerência entre a fé e a vida.
“Não se pode rezar a Deus como ‘Pai’ e depois ser duro com os outros”, declarou Leão XIV. Ele enfatizou que, ao recitar a oração ensinada por Jesus, os cristãos não apenas celebram a graça de serem filhos de Deus, mas também assumem “o compromisso de corresponder a esse dom, amando-nos uns aos outros como irmãos em Cristo.
A confiança de chamar Deus de “Abbá”
O Papa contextualizou sua mensagem a partir do Evangelho do dia, que apresenta Jesus ensinando o “Pai-Nosso” aos seus discípulos. Francisco destacou que o convite de Cristo é para que os fiéis se dirijam a Deus com a intimidade e a confiança de uma criança, usando a palavra aramaica “Abbá”, que significa “paizinho”.
Citando o Catecismo da Igreja Católica, o pontífice reforçou que, ao rezar, “nós somos revelados a nós próprios, ao mesmo tempo que nos é revelado o Pai. Segundo ele, quanto mais se reza com confiança, mais se descobre a grandeza do amor de Deus e a própria identidade de filho amado.
A paciência de um Pai nas parábolas
Para ilustrar a natureza da paternidade de Deus, o Papa Leão XIV recorreu a duas imagens do Evangelho: a de um homem que, mesmo tarde da noite, se levanta para ajudar um amigo necessitado; e a de um pai que sempre dá coisas boas aos seus filhos.
“Estas imagens recordam-nos que Deus nunca nos vira as costas quando nos dirigimos a Ele, nem mesmo se chegamos tarde para bater à sua porta, talvez depois de erros, de oportunidades perdidas, de fracassos”, explicou o Papa. Ele assegurou aos fiéis que, mesmo que a resposta de Deus venha de formas difíceis de compreender, é preciso manter a confiança, pois n’Ele sempre se encontrará “luz e força”.
FAQ sobre a mensagem do Papa Leão XIV no Angelus
1. O que é o Angelus?
O Angelus é uma oração tradicional da Igreja Católica rezada, geralmente, três vezes ao dia. Aos domingos, ao meio-dia (horário de Roma), é costume que o Papa apareça na janela do Palácio Apostólico para rezá-la com os fiéis reunidos na Praça São Pedro e proferir uma breve reflexão sobre o Evangelho do dia.
2. Qual foi a mensagem principal do Papa neste domingo?
A mensagem principal foi um apelo à coerência. O Papa Leão XIV destacou que a oração do “Pai-Nosso” não é apenas uma fórmula, mas um compromisso de vida. Reconhecer Deus como um Pai amoroso exige que as pessoas tratem umas às outras como verdadeiros irmãos, com bondade e misericórdia.
3. O que significa a palavra “Abbá”?
“Abbá” é uma palavra em aramaico, a língua falada por Jesus, que expressa uma forma íntima e carinhosa de se dirigir ao pai, similar a “papai” ou “paizinho”. Ao usar este termo, o Papa enfatizou a relação de profunda confiança e amor que os cristãos são convidados a ter com Deus.
4. Qual a relação entre a oração e as ações do dia a dia, segundo o Papa?
Segundo o Papa Leão XIV, a oração e a vida são inseparáveis. A forma como uma pessoa reza deve se refletir em suas ações. Portanto, se alguém reza a um Pai misericordioso, essa pessoa deve, por sua vez, ser um reflexo dessa misericórdia no tratamento com os outros, abandonando a dureza e a insensibilidade.
5. Como podemos manifestar a “doçura do rosto do Pai”?
Podemos manifestar a doçura do rosto do Pai respondendo ao chamado de amar uns aos outros como irmãos em Cristo, praticando a bondade, a paciência e a misericórdia que Ele nos ensina.
Rogério Victorino
Jornalista especializado em entretenimento. Adora filmes, séries, decora diálogos, faz imitações e curte trilhas sonoras. Se arriscou pelo turismo, estilo de vida e gastronomia.
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