Sintonize o seu corpo: a doença como mensageiro

Através da dor e do desconforto, o corpo mostra-nos que, algures no caminho, tomamos uma direção equivocada. Os diferentes tipos de sintoma podem indicar-nos onde está a raiz do problema ou do desequilíbrio.

O corpo torna visíveis as energias que temos no nosso interior e analisa o que ocorre quando a energia vital é bloqueada. Nos seres humanos a energia circula de forma livre pelos caminhos subtis: chakras, meridianos e nadis. Essa energia alimenta órgãos e células, regulando ainda as funções vitais e todos os sistemas do corpo. Se há bloqueios na livre circulação energética, prejudicando o trânsito, surge o desequilíbrio e a consequência no corpo físico, emocional ou mental, que chamamos de doença.

A doença é então um mensageiro a tentar captar a nossa atenção, um sinal que nos convida a olhar para nós e a sentir o nosso interior.

Muitas vezes ignoramos a fadiga, a fome, o desconforto, ou a necessidade de nos cuidarmos e alimentarmos convenientemente, vemos o corpo como adversário, especialmente quando nos está a enviar mensagens que não queremos ouvir. A cultura em que estamos inseridos ensina-nos a ignorar e muitas vezes a eliminar este corpo mensageiro, bem como a própria mensagem. Contudo, o corpo é o melhor sistema de saúde que temos.

Foi-nos ainda ensinado que é suposto o nosso sistema de tratamento de doenças manter-nos saudáveis. É normal recorrer aos médicos sempre que temos preocupações relativas à nossa saúde, física ou mental, como se fosse suposto os médicos saberem mais acerca dos nossos corpos do que nós.

Saber ouvir o interior

Toda a sociedade funciona de forma a manter-nos afastados do que interiormente sabemos ou sentimos, duvidando dessa sabedoria. Contudo, podemos aprender a confiar na ligação entre a nossa orientação interior e as nossas emoções. Os sentimentos são factos. É preciso dar-lhes atenção.

A desconexão com o nosso interior mantém-nos num estado de dor, de vazio e de infelicidade que aumenta quanto mais o negamos. Muitas vezes as substâncias aditivas a que se recorre, como álcool, drogas, alimentação compulsiva ou excesso de trabalho, servem para evitar que nos confrontemos com essa infelicidade e essa dor.

Por exemplo, cada obeso adulto está esclarecido quanto ao que deve comer. Normalmente o que precisa não é de mais informação nutricional. Primeiro precisa de sentir a dor que a comida em excesso está cronicamente a camuflar. Só depois pode participar na sua própria recuperação. Isto só acontece quando assumir o controlo da sua própria saúde e permitir que seja a sua orientação interior a prevalecer, acreditando na sabedoria do seu próprio corpo.

Entender a origem do mal-estar ou doença, os meandros da sua propagação e a forma como nos limita ou condiciona pode ajudar-nos a desenvolver uma compreensão mais profunda de nós mesmos. A agir e a sermos parte integrante da nossa cura. Através de mudança de comportamentos e de padrões de pensamento podemos ativar as forças curativas do corpo, da mente e da alma para restaurar o equilíbrio do ser integral.

Exemplos de algumas doenças e a mensagem por trás dos sintoma

• Problemas de bexiga: problemas afetivos, controlo dos desejos, necessidade de aliviar tensões emocionais e psicológicas. Ansiedade. Prender-se a velhas ideias. Medo de soltar. Apegar-se a complicações do passado, frustração e vitimização.
• Problemas de Baço: revela obsessão com algo. Demasiada preocupação em relação a algo, inibe a sua alegria e a capacidade de desejar algo diferente. Também pode surgir em pessoas que riem muito, mas que por dentro sofrem sem querer mostrar.
• Doenças autoimunes: desvalorização, culpa, impotência. Questionamento da própria identidade.
• AVC: Impossibilidade ou falta de direção na execução das atividades. Desistência, Resistência. Rejeição à vida e à mudança.